sábado, 15 de setembro de 2012

Artigo de Opinião


RELEVÂNCIA CRESCENTE DO OCEANO ÁRTICO
Henrique Reinaldo Castanheira
Sara Peralta

O aquecimento global e o consequente degelo estão a redesenhar a geoestratégia do Ártico, permitindo o desenvolvimento de uma série de atividades económicas ligadas à exploração dos recursos naturais do Círculo Polar, com enfoque para o petróleo, gás natural, minerais (cobre, níquel, ferro, por exemplo), reservas haliêuticas, e naturalmente, a possibilidade de se estabelecerem duas novas rotas marítimas entre a Europa do Norte e a Ásia, e entre a América do Norte e a Ásia. Essas rotas são a Northern Sea Route (ou também conhecida como Northeast Route), que segue o norte do litoral euroasiático, em média 40% mais curta que a Rota do Suez, e a Northwest Passage, entre a América do Norte e a Ásia - a norte do Canadá e do Alasca - reduzindo a Rota do Panamá em cerca de 4000 km.
Desde 1979, o Ártico perdeu 20% da sua superfície gelada num processo que poderá culminar com o desaparecimento da calota polar em 2070[1] (segundo um estudo da Universidade de Bergen). Em 1987, o gelo ártico cobria uma superfície de 7,5 milhões de km2. Em 2007, esta área diminuiu para 4,1 milhões de km2 permitindo, pela primeira vez, a abertura da Northwest Passage à navegação, ligando o Pacífico ao Atlântico. Circunstância que reduz em 40% a distância marítima entre o Noroeste Asiático e a Europa.
O acesso ao Ártico tem gerado uma “corrida” à delimitação de fronteiras nos países do Círculo Polar Ártico: EUA, Canadá, Rússia, Noruega, Islândia e Dinamarca. De facto, persistem, atualmente, três disputas fronteiriças: entre a Dinamarca (Gronelândia) e o Canadá a propósito do ilhéu de Hans; entre os EUA e o Canadá quanto ao controlo e gestão da Northwest Passage; e entre o Canadá e os EUA sobre a delimitação da fronteira marítima no Mar de Beaufort.
O interesse geoestratégico pela região do High North prende-se, para além do ganho de tempo e diminuição dos custos relativos à navegação, com a importância dos recursos naturais estratégicos: o Ártico concentra cerca de 25% das reservas mundiais de hidrocarbonetos (na sua maioria localizadas no Ártico russo, nomeadamente na ilha Sakhalina e no mar de Barents). Explorações estão em curso na Nova Zemble (Rússia), Svalbard (Noruega), em Beaufort e no Delta do Mackenzie (Canadá). O primeiro fluxo industrial de gás natural do Ártico deverá começar a fluir ao mercado internacional em 2013-14, a partir dos offshores do mar de Barents e do mar de Kara.
As disputas fronteiriças existentes devem ser abordadas à luz da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (1982). Com efeito, a Convenção, também conhecida como a Convenção de Montego Bay, permite aos países que possuam frente marítima estenderem os seus direitos de exploração de recursos naturais além das 200 milhas (Zona Económica Exclusiva/ZEE). No entanto, tal pressuposto só assiste os países que forneçam provas científicas de que esta extensão constitui o prolongamento natural da sua plataforma continental.
Em 2007, um grupo de exploradores russos colocou no fundo do mar uma placa de titânio com a inscrição de que o Pólo Norte era território russo. Este gesto político, sem consequências jurídicas à luz do direito internacional atual gerou, no entanto, alguns protestos por parte dos restantes Estados árticos. Já em setembro de 2008, o então Presidente russo Medvedev reafirmou a intenção em estender a plataforma continental para além das 200 milhas náuticas, à margem do processo em curso, desde 2001, em sede das Nações Unidas, na Comissão para os Limites das Plataformas Continentais (CLCS). As provas geofísicas da pretensão russa foram apresentadas à CLCS, reivindicando toda a cordilheira marítima de Lomonossov. Tal pressuposto chocou com as reivindicações da Dinamarca das águas e solo oceânico a partir da Gronelândia, até a latitude “0”. Situação paralela ocorre entre o Canadá e a Noruega, com Oslo a contestar os fundos marinhos da região de Svalvarg.
Contudo, a falta de cobertura satélite e de radar, a dificuldade nas comunicações e das missões SAR (Search And Rescue) são aspetos que dificultam a edificação de uma arquitetura de segurança. O apoio à navegação será vital para se poder rentabilizar as mais-valias da livre circulação pelas rotas do Ártico. Nas recentes Artic Ocean Conferences, os cinco países do Ártico foram sempre unânimes em manifestarem o seu respeito pela Convenção de Montego Bay, reconhecendo que matéria de delimitação marítima é da exclusiva competência da CLCS. Todavia, apesar das intenções, refira-se que os EUA não ratificaram a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, contrariamente aos restantes quatro Estados.
Adicionalmente, uma semana antes de deixar o cargo de Presidente dos EUA, George W. Bush apresentou a National Security Directive nº 25, de 09 de janeiro de 2009 que, relativamente ao Ártico, aponta para um conjunto de objetivos relacionados com a proteção ambiental; o desenvolvimento  sustentável; a cooperação com as instituições regionais e a criação de parcerias estratégicas entre as nações árticas, bem como o envolvimento das comunidades indígenas nas decisões relativas às suas
áreas.
Esta Diretiva, ao assumir o Ártico como domínio essencialmente marítimo, levanta restrições a algumas pretensões territoriais dos países limítrofes (nomeadamente do Canadá). Neste particular, a mobilidade marítima das forças navais dos EUA é inquestionável e a Diretiva dedica-lhe um ponto específico, assumindo particular importância a questão pendente da definição da fronteira EUA/Canadá no mar de Beaufort e o estatuto internacional da Northwest Passage.
Em 2008, EUA, Canadá, Rússia, Noruega e Dinamarca assinaram a Declaração de Ilulissat, comprometendo-se a resolverem os contenciosos por via pacífica e proteger o frágil ecossistema do Ártico, nomeadamente através de medidas contra a poluição, proteção das populações autóctones, cooperação científica e segurança e a necessária cooperação com os fora regionais, caso do Artic Council e do Barents Euro-Artic Council. Uma cooperação mais estreita com a International Maritime Organization (IMO) será outro dos desafios que se colocam aos países signatários da Declaração de Ilulissat.
O acesso ao Ártico poderá também gerar consequências para a Aliança Atlântica e passará a ser tema recorrente nas cimeiras entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a Rússia. Desde 2009 (encontro de Reyjjavik sobre Security Prospects in the High North) que os Secretários-Gerais da OTAN vêm defendendo a prioridade dada pela Organização à segurança marítima internacional. Porém, a OTAN nesta matéria oferece valor acrescentado relativamente a outras organizações como o Conselho do Ártico, o Conselho de Barents ou mesmo a IMO. Na problemática do High North jogam-se questões de natureza civil e militar, pelo que a conjugação de esforços proporcionaria uma complementaridade de abordagens.
Se considerarmos cenários que impliquem uma escalada de tensões regionais, quer ao nível do acesso aos recursos, quer à afirmação de posse sobre novas zonas territoriais, torna-se clara a relevância dos exercícios Multiple Futures da OTAN, bem como os fundamentos que lhe estão associados: criação de um Centro Comum de Informação; consolidação da Força de Reação Rápida; valorização das Forças Especiais e da Logística Multinacional, conceitos inovadores que se perspetivam como respostas à geometria variável dos novos cenários de tensão.
A União Europeia (EU) adotou o documento Climate Change and International Security (2008), destacando as oportunidades da região ártica, quer ao nível da abertura de novas rotas comerciais, quer ao nível de acesso a recursos naturais. A UE, em parceria com a Islândia, Noruega e Rússia desenvolveu a estrutura North Dimention que se traduz por uma parceria estratégica no apoio ao desenvolvimento sustentado do Norte. A procura da individualização do Hight North, no quadro estratégico multilateral, poderá levar à regionalização das questões do Ártico
 
Fonte: REKACEWICZ, Philippe, “La nouvelle géopolitique du monde arctique”, in Le Monde Diplomatique, mai 2011.
e à tentação de criar uma “doutrina de Monroe” para a área.
Se comercialmente a libertação do Ártico é entendida como algo positivo, assim como a disponibilidade de novos recursos energéticos, do ponto de vista ambiental as previsões são problemáticas. Mais do que a ameaça de um confronto entre Estados árticos, a possibilidade de um desastre ecológico poderá representar riscos muito elevados e com consequências diretas no ecossistema global. Encontrar um equilíbrio entre desenvolvimento e proteção de um ecossistema frágil será um desafio.
Para que Portugal tenha uma proximidade efetiva com as questões decorrentes da relevância crescente do Oceano Ártico, bem como do impacto quer económico, quer geoestratégico em discussão, ver-se-ia com interesse a adesão do País a Membro Observador do Conselho do Ártico (tal como acontece com a Espanha, França, Reino Unido, Holanda, Polónia e Alemanha).

Texto da Convenção Montego Bay aqui!




[1] O degelo não tem tido efeito semelhante em termos globais, caso significativo é o Polo Sul. A Antártida viu a sua massa gelada crescer 8% desde 1978. Esta assimetria levanta interrogações sobre o processo linear das alterações climáticas.

Relações Internacionais

Argélia
Deslocaram-se a Portugal, entre os dias 23 e 29 de setembro, dois fuzileiros argelinos para treino conjunto e troca de experiências. Esta atividade, inserida no Plano de Atividades com a Argélia para 2012, decorreu na Base Naval de Lisboa.

                     
No âmbito da construção e da reparação naval, deslocaram-se à Argélia, entre os dias 23 e 26 de setembro, dois representantes da EMPORDEF - Indústrias de Defesa, tendo em vista proceder à promoção e divulgação das capacidades técnicas deste setor.

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Brasil


Entre os dias 5 e 7 de setembro de 2012, o Curso de Política e Estratégia Marítimas (C-PEM) da Escola de Guerra Naval da Marinha do Brasil visitou o nosso país com o intuito de ampliar  conhecimentos  in  loco sobre aspetos conjunturais do nosso país, com ênfase para os ambientes político, estratégico, científico, militar e de defesa. A delegação, constituída por 31 alunos e liderada pelo Contra-Almirante Cláudio Portugal de Viveiros, Diretor da Escola de Guerra Naval, teve oportunidade de assistir a um ciclo de palestras multidisciplinares no Instituto da Defesa Nacional, para além das visitas à fragata “Bartolomeu Dias”, ao Comando Naval e Headquarter NATO- Allied Joint Force Command Lisbon. De sublinhar que a apresentação do tema “Capacidades Tecnológicas da Defesa de Portugal” foi assegurada pelo Cor Fernando Albuquerque da Direção-Geral de Armamento e Infraestruturas de Defesa e pelo MGen Moura Marques, da EMPORDEF.


O C-PEM destina-se a complementar, essencialmente, a qualificação dos oficiais do Corpo da Armada, Corpo de Fuzileiros Navais, Corpo de Intendentes da Marinha, Corpo de Engenheiros Navais e do Corpo de Médicos da Marinha para o exercício de cargos de assessoria no âmbito da Defesa e de chefia na Marinha do Brasil. Segundo as autoridades brasileiras, este Curso possui a natureza de estudos avançados no nível de doutoramento e apresenta similaridade com o Curso de Promoção a Oficial General do Instituto de Estudos Superiores Militares (IESM).

  

O Segundo-Sargento da Força Aérea Portuguesa Pedro Vital foi um dos participantes no Curso de Sobrevivência na Selva para Tripulantes que decorreu na Base Aérea de Campo Grande, no Brasil, entre os dias 28 de julho e 03 de agosto de 2012. Este intercâmbio efetivou-se tendo em vista o reforço da cooperação bilateral de Defesa entre Portugal e o Brasil. Atendendo à formação ministrada no Centro de Treino de Sobrevivência da Força Aérea Portuguesa (CTSFA) e à orografia dos teatros de operações onde as Forças Nacionais Destacadas atualmente desempenham missões, os conhecimentos adquiridos pelo 2Sar Vital serão essenciais e de primordial importância para os formadores da Esquadrilha de Sobrevivência, Evasão, Resistência e Extração do CTSFA. O Curso incidiu em duas componentes teórico-práticas: o ambiente/perigos da selva e construção de abrigos e sobrevivência. No âmbito da tipologia deste curso, é de salientar ainda o grau de dificuldade dos formandos perante a adversidade deste tipo de cenário, já que falamos de uma grande diversidade e perigosidade de flora e fauna.

Aceda ao site da Marinha brasileira aqui!
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Chile


Inserido no Plano de Atividades de Cooperação Bilateral de Defesa entre Portugal e o Chile para 2012, o nosso país foi visitado pelo Coronel Valentin Segura e Capitão-de-mar-e-guerra Carlos Dietert, do Departamento de Relações Internacionais do EMGFA chileno entre os dias 11 e 14 de setembro. O ponto principal desta visita prendeu-se com o Intercâmbio de Experiências e Lições Aprendidas em Operações de Manutenção de Paz. Para o efeito, foram realizadas visitas de trabalho ao EMGFA, Marinha, Exército e Força Aérea para intercâmbio de experiências aos diversos níveis, nomeadamente no âmbito do histórico da participação nacional em missões de apoio à paz, sistema de treino nacional, processo de planeamento das missões; dificuldades e lições identificadas (enfoque na participação nacional na International Security Assistance Force (ISAF) e United Nations Interim Force In Lebanon (UNIFIL)).

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Coreia


 
Com o intuito de debater processos em curso nos dois países e analisar áreas de potencial cooperação bilateral no domínio da Defesa, o Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional, Dr. Nuno Pinheiro Torres, recebeu o Embaixador da República da Coreia, Senhor Yoo Jung-hee. A audiência decorreu na DGPDN no passado dia 12 de setembro.

Visite o site da Embaixada da Coreia aqui!
 

Estados Unidos da América


Após estada nos EUA desde 14 de junho, cumprindo aquela que foi a primeira viagem transatlântica de um submarino português do tipo, o NRP “Tridente” regressou a Portugal no passado mês de agosto. Durante a sua passagem por águas norte-americanas, a embarcação portuguesa participou no exercício multinacional “Fleet Training Exercise War of 1882” (FLEETEX) juntamente com mais de 20 navios e aeronaves de vários países como o Reino Unido, Dinamarca, Alemanha, Noruega, Canadá, Brasil e os anfitriões, EUA. Este exercício reveste-se de particular importância já que proporciona a oportunidade de treinar cenários táticos que permitem às guarnições envolvidas aumentar os níveis de prontidão operacional.
 
                                         
No passado dia 21 de setembro, decorreu, na Embaixada dos EUA em Lisboa, a 34ª Reunião da Comissão Laboral, à luz do Acordo de Cooperação e Defesa entre PT-EUA que estipula que este encontro tenha lugar duas vezes por ano. Esta reunião ocorreu em modo videoconferência e foi coordenada, do lado português, pela Drª Catarina Mendes Leal, Coordenadora Nacional da Comissão Laboral.

Saiba mais sobre o FLEETEX, do ponto vista americano aqui!

Marrocos

No seguimento do convite formulado pelas autoridades marroquinas para a frequência do Curso de Estado-Maior, rumou a Kenitra, Marrocos, um Oficial Superior do Exército Português.
Recorde-se que o curso lecionado no Collège Royal des Études Militaires Supérieures teve início a 3 de setembro de 2012 e prolongar-se-á até final de junho de 2013.

             
Cinco militares do Centro de Treino de Sobrevivência da Força Aérea Portuguesa deslocaram-se a Meknès para participarem, na qualidade de supervisores on job training, num exercício de sobrevivência em terra e no mar que decorreu entre os dias 3 e 14 de setembro, nas imediações do futuro Centro de Sobrevivência das Forces Royales Air marroquinas, que tem vindo a contar com o apoio da Força Aérea portuguesa. Simultaneamente, decorreu mais uma reunião de coordenação tendo em vista a edificação desse mesmo centro de sobrevivência.

Saiba mais sobre o Collège Royal des Études Militaires Supérieures aqui!


Tunísia


Inserida no Plano de Atividades de cooperação bilateral com a Tunísia, deslocaram-se a Portugal dois militares do Exército tunisino para a frequência de um estágio no âmbito da fotogrametria digital. Esta atividade teve lugar nas instalações do Instituto Geográfico do Exército e ocorreu entre os dias 23 e 29 de setembro.

Visite o site do Ministério da Defesa tunisino aqui!

Diversos: Condolências ao Coronel Lin Huisheng / A 59ª Viagem do NRP "Sagres"

A Direção-Geral de Política de Defesa Nacional reitera o seu profundo pesar e apresenta as mais sentidas condolências pelo falecimento do Coronel Lin Huisheng, Adido Militar junto da Embaixada da China em Lisboa.

    
Entre os dias 8 de julho a 7 de agosto ocorreu a 59.ª Viagem do N.R.P. “Sagres”, com passagem pela região autónoma da Madeira e em Cádiz, Espanha. À semelhança de edições anteriores, foram desenvolvidos estágios de embarque a cadetes e aspirantes a oficias de diversas Marinhas de países amigos e aliados de Portugal (entre outros, Argélia, Argentina, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos da América, Marrocos, Reino Unido, Tunísia, Turquia, Uruguai).
De recordar que a principal missão do “Sagres” é assegurar a formação prática dos futuros oficiais da Marinha Portuguesa, complementando as componentes técnica e académica, ministradas na Escola Naval. O navio representa ainda a Marinha e o País no estrangeiro, mormente no plano da diplomacia e da promoção da economia portuguesa.

 

Iniciativa 5+5 Defesa- Exercício "SEABORDER 2012"


Realizou-se de 24 a 27 de setembro, no âmbito da Iniciativa 5+5 Defesa, o exercício conjunto e combinado “SEABORDER 12”. Esta atividade efetuou-se em duas fases distintas e em países diferentes: a fase Command Post Exercise (CPX) e fase Live Exercise (LIVEX), que decorreram, respetivamente, em Argel, nos dias 25 e 26 de setembro e na costa Sul de Espanha, ao largo de Rota, no dia 27 de setembro de 2012, embora fosse efetuada a transposição dos cenários entre estas duas etapas.
A sua organização, para além de Portugal e Espanha, contou também com a participação da Argélia, que organizou a fase CPX, com o apoio do nosso país e de Itália. Estiveram presentes 19 participantes (CPX) /observadores (LIVEX) de 8 países da Iniciativa; não participaram França (fazendo-se representar na fase CPX pelo seu Adido de Defesa em Argel) e Malta. A delegação portuguesa era chefiada pelo POC da Iniciativa 5+5 Defesa na DGPDN, e composta por representantes do EMGFA, do Comando Naval e do Comando Aéreo. A organização e coordenação geral deste evento, em termos nacionais, estiveram a cargo e sob a responsabilidade da DGPDN.

A fase CPX realizou-se nos dias 25 e 26 de setembro, sendo que no dia 24 os representantes de Portugal e Itália apoiaram a montagem e preparação das facilidades informáticas, assim como a criação do cenário, necessários para a realização do CPX. Esta fase do exercício realizou-se no centro de multimédia das Forças Armadas, em Argel. Realça-se a forma exemplar e empenhada como os membros das delegações portuguesa e italiana apoiaram a organização do CPX, desde a fase de planeamento, à execução, assim como o acompanhamento das delegações presentes. No final do CPX, o objetivo inicialmente proposto, de exercitar a troca de informação entre os centros de operações das dez marinhas que compõem esta iniciativa, foi alcançado. 
A fase LIVEX realizou-se durante o dia 27 de setembro, conforme previsto, iniciando-se com o embarque das altas entidades e delegações na Fragata da Marinha espanhola “Santa Maria”, no porto de Rota. O briefing decorreu a bordo do Navio, durante o deslocamento de Rota para a área do exercício.

Estiveram envolvidos meios navais da Marinha marroquina (fragata “Hassan II” e meio aéreo orgânico), da Marinha espanhola (fragata “Santa Maria”), meios aéreos do serviço de busca e salvamento espanhol e a corveta “Chihab 352” da Marinha argelina. Portugal fez-se representar com a corveta “António Enes”, com equipas de abordagem de Fuzileiros da Marinha e de um avião P-3C da Força Aérea.

Releva-se a presença dos Ministros da Defesa de Portugal, Espanha, Marrocos e o General representante do Ministro da Defesa argelino, na fase LIVEX, a bordo da Fragata “Santa Maria”, que vieram enaltecer e dar maior visibilidade a este acontecimento.
Espanha, como país anfitrião, demonstrou um grande empenho e dedicação, revelando uma boa capacidade na organização deste evento, mostrando assim o seu interesse em continuar a ser um dos países dinamizadores da Iniciativa e desta atividade.
Importa ainda referir que Portugal, a par do país vizinho, demonstrou possuir também uma excelente capacidade na organização deste evento, mostrando assim o seu potencial interesse em continuar a dinamizar e dar relevância às atividades que ambos países protagonizam no seio da Iniciativa 5+5 Defesa, reforçando a ideia de esta ser uma das atividades mais importantes deste fórum.
O Exercício “SEABORDER 12” foi considerado um sucesso em termos organizacionais e operacionais, algo que foi comprovado pelas opiniões extremamente positivas expressas pelos observadores e restantes participantes presentes. De resto, a presença dos Ministros da Defesa de Portugal, Espanha, Marrocos e do representante do Ministro argelino atesta o sucesso do exercício “SEABORDER 12”, tornando-o assim no maior evento realizado no âmbito da Iniciativa 5+5 Defesa.

 

 

 

ONU- 3ª Reunião de Estados-Parte da Convenção sobre Munições de Dispersão, em Oslo




Oslo acolheu, de 11 a 14 de setembro, a 3ª Reunião de Estados-Parte da Convenção sobre Munições de Dispersão, reunindo 600 delegados de 118 países e 10 agências humanitárias. A representação nacional foi assegurada por um representante da DGPDN e pelo Embaixador de Portugal em Oslo, Dr. João Pimentel, que chefiou a delegação. A Portugal fora acometida, em 2011, na sequência da 2ª Reunião de Estados-Parte, ocorrida em Beirute, a tarefa de coordenar o Comité da Universalização em parceria com o Japão, com os resultados deste ano de diligências a serem apresentados em Oslo. Os proveitos da iniciativa global comum, realizada através dos postos diplomáticos no exterior, levaram a respostas concretas que apontam para um número cada vez maior de Estados com interesse em aderir à Convenção. As munições de dispersão têm sido objeto de discussão em sede da Convention on Certain Conventional Weapons (CCW) com sucesso limitado, muito devido às discordâncias da China, Rússia, Índia, Paquistão, Brasil e EUA, sendo que o papel da Universalização é fundamental para a consolidação deste processo.

Leia a factsheet da ONU sobre a Convention on Certain Conventional Weapons aqui!

OTAN- Final Planning Conference do NATO Crisis Management Exercise 2012


Decorreu em Haia, Holanda, de 3 a 7 de setembro, a Final Planning Conference (FPC) do NATO Crisis Management Exercise 2012 (CMX12), na qual esteve presente um elemento da DGPDN/Direção de Serviços de Relações Internacionais. A FPC é a reunião final de coordenação e planeamento do CMX onde se decide o cenário e o envolvimento geral e particular de cada país.
O CMX é um exercício destinado a exponenciar o nível de consulta Estratégico Político / Militar da Aliança e tomada de decisão coletiva, quando confrontados com eventos e/ou ameaças relacionadas com a proliferação Armas de Destruição Massiva (ADM) e crises provocadas por incidentes cibernéticos.
A DGPDN é responsável por assegurar a execução do CMX ao nível nacional, integrando e coordenando a Célula de Resposta Nacional constituída por elementos do Ministério da Defesa Nacional (DGPDN e Gabinete de Relações Públicas), do Ministério dos Negócios Estrangeiros, do Ministério da Administração Interna (Autoridade Nacional de Proteção Civil), do Estado-Maior-General das Forças Armadas, do Sistema de Informações da República Portuguesa (Serviço de Informações de Segurança e Serviço de Informações Estratégicas de Defesa) e do Sistema de Segurança Interna. O CMX12 irá decorrer de 12 a 16 de novembro de 2012.

Pesquise artigos de carácter científico e escolar sobre o NATO Crisis Management Exercise  aqui!

 

OTAN- Visita a Lisboa do NCIA (NATO Communications and Information Agency)

A NCIA (NATO Communications and Information Agency) foi estabelecida no início de julho de 2012, fruto da fusão de diversas entidades da OTAN, das quais se destacam a NATO Consultation, Command and Control Agency (NC3A), a NATO ACCS Management Agency (NACMA) e a NATO Communications and Information System Services Agency (NCSA).
Entre 12 e 14 de setembro de 2012, o General Manager, MGen (ref) Koen Gijsbers, da NCIA esteve em Lisboa de visita a órgãos OTAN locais (NCIA Sector Lisbon e o Joint Analysis and Lessons Learned Centre (JALLC)) e também ao Estado-Maior General das Forças Armadas e MDN/Direção-Geral de Armamento e Infraestruturas de Defesa (DGAIED). Por sua solicitação, foi recebido para uma breve reunião com o DGAIED/NAD, à qual se juntou o DGPDN e ainda o Representante Nacional no Conference of National Armaments Directors/NATO Industrial Advisory Group (CNAD/NIAG). Dos pontos da agenda destaca-se o potencial de participação portuguesa em projetos multinacionais; o papel da Indústria portuguesa em projetos de financiamento comum da OTAN e cooperação regional; participação da Indústria Portuguesa na conferência da indústria da NCIA (a ocorrer em outubro em Roma); entre outros.

União Europeia- Reunião de Ministros da Defesa, em Nicósia, Chipre


Nos dias 26 e 27 de setembro decorreu em Nicósia, Chipre, mais uma reunião de Ministros de Defesa da UE. Integraram a delegação portuguesa, para além de Sua Excelência o Secretário de Estado Adjunto da Defesa Nacional - Dr. Paulo Braga Lino, a Embaixadora Representante nacional no Comité Político e de Segurança - Drª Graça Mira Gomes e o Coronel Tirocinado - Rui Clero, chefe da Direção de Serviços de Relações Internacionais da DSRI/DGPDN.
Esta reunião constituiu mais uma oportunidade para reforçar o compromisso coletivo de construir e fortalecer a PCSD no ambiente estratégico em mudança.

Quanto aos assuntos abordados importa reter o seguinte:
No que toca à segurança no flanco sul da União Europeia, com destaque para Síria, Líbia, Sahel/Mali, constatou-se o aumento significativo da volatilidade, que se tem vindo a repercutir nas condições gerais de segurança dos estados da região, estando, mormente, em curso a elaboração de um “Conceito de Gestão de Crise” para a Líbia.
No âmbito das operações PCSD, discutiu-se a situação no Corno de África e o seu impacto no envolvimento operacional da UE na região e particularmente na segurança na Somália. A este respeito foi manifestada a intenção nacional, dependente ainda da discussão do orçamento para 2013, em disponibilizar o Comando da Força Naval para a operação Atalanta no período de abril a agosto de 2013.
Já no quadro das capacidades, foram apresentados os resultados da EU Battlegroup Coordination Conference e debatida a sustentabilidade a longo prazo do Pooling and Sharing, tendo por base o documento apresentado pela Agência Europeia de Defesa (EDA), que mereceu boa aceitação da generalidade das delegações, incluindo referências à procura de uma maior cooperação bilateral e regional entre os Estados Membros assim como à inclusão, de forma mais consistente, do Pooling and Sharing nos ciclos de planeamento nacionais.
Foi ainda elogiada, pela Chefe Executiva da EDA, Claude-France Arnould, a execução do exercício de helicópteros “HOT BLADE 2012” em Portugal, com o apoio do Luxemburgo. Portugal manifestou disponibilidade para, no âmbito do Programa de Treino de Helicópteros, organizar o próximo exercício “HOT BLADE em 2013”, nas mesmas condições da edição de 2012.

Leia um artigo sobre a Política Comum de Segurança e Defesa aqui!

Situação das Forças Armadas Portuguesas no estrangeiro a 30/set/12


(Clicar na imagem para ver em detalhe)

Projeto 2 – Escola Superior de Guerra



Bloco de Tática - Defensiva


No âmbito das assessorias temporárias de apoio ao projeto 2, Escola Superior de Guerra, decorreu o Bloco de Tática – Defensiva, onde foi ministrada a matéria “A Divisão na Defensiva” ao 18º Curso Superior de Comando e Direção (CSCD) e a matéria de “A Brigada na Defensiva” ao 13º Curso de Comando e Estado-Maior (CCEM). Os Trabalhos de Campo, que este ano decorreram nas regiões de Catete (CSCD) e de Vale de Perdizes (CCEM), marcaram o ponto alto deste bloco de matéria.
              
Exercício CPX/CAX “PALANCA 2012”- Distinguished Visitors Day                        



Decorreu em 08 de agosto de 2012, o Distinguished Visitors Day ao Exercício CPX/CAX “PALANCA 2012”, destinado ao 18º Curso Superior de Comando e Direção (CSCD) e ao 13º Curso de Comando e Estado-Maior (CCEM), com base no sistema de simulação VIGRESTE. A delegação visitante foi chefiada por S.Exª o General Egídio de Sousa Santos “DISCIPLINA” – Chefe do Estado Maior General Adjunto para a Educação Patriótica/Estado-Maior General das Forças Armadas de Angola. Do programa constou um briefing aos distintos visitantes sobre o Centro de Simulação do Exército Português, do sistema VIGRESTE e a visita ao Centro de Simulação da Escola Superior de Guerra, onde pôde constatar a condução do tema tático/jogo da guerra por parte dos discentes. Estiveram presentes o Adido de Defesa acreditado na Embaixada de Portugal em Angola e os Diretores Técnicos dos Projetos de Assessoria Portuguesa.
De realçar a presença de vários órgãos de comunicação social angolanos (televisão e imprensa escrita) que deram ampla cobertura do evento.

Cooperação Técnico-Militar- Angola: Projeto 1 – Estrutura Superior de Defesa Nacional e das Forças Armadas de Angola


Visita à Residência da CTM

A convite do senhor Cor Inf Fernando Albuquerque, Adido de Defesa e Coordenador da Cooperação Técnico-Militar em Angola, realizou-se no passado dia 26 de Setembro de 2012, uma visita à Residência da CTM em Luanda da senhora Ministra Conselheira da Embaixada de Portugal em Angola, Dr.ª Rita Laranjinha e da senhora Secretária da Embaixada, Dr.ª Madalena Vilhena.


Depois de um briefing subordinado ao tema e atividades da Cooperação Técnico-Militar em Angola que decorreu na Sala de Reuniões da Residência com a presença dos Diretores Técnicos dos diferentes projetos, seguiu-se uma visita às instalações que culminou com o almoço no refeitório geral.




Visite o site do Ministério da Defesa angolano aqui! 
 

Projeto 4 – Direção de Forças Especiais

Escola Preparatória de Quadros para os efetivos da Unidade de Guarda Presidencial (UGP) e Unidade de Segurança Presidencial (USP) da Guiné Conacri






 Decorreu de 13 a 24 de agosto de 2012 uma Escola Preparatória de Quadros (EPQ) para os militares da Escola de Formação de Forças Especiais (EFFE) que irão fazer parte das Equipas de Instrução, da Instrução Complementar, para os efetivos da UGP e USP da Guiné Conacri.

Esta ação de formação foi planeada e ministrada pelos assessores do Projeto 4 em conjunto com os militares da Secção de Formação da EFFE.

A EPQ teve uma audiência diária de cerca de 140 militares e os resultados obtidos pelos formandos, nas avaliações a que foram submetidos, foram bastante satisfatórios, tendo este facto sido frisado quer pelo comando da EFFE, quer por parte da Secção de Formação nas suas intervenções na Cerimónia de Encerramento.

Workshop sobre o processo de decisão militar na Brigada de Forças Especiais

Decorreu no período de 19 a 25 de setembro de 2012, na Brigada de Forças Especiais em Cabo Ledo, Angola, um Workshop, num total de 20 horas, subordinado ao tema o Processo de Decisão Militar. O Workshop foi conduzido pelo Diretor e Assessor Técnicos do Projeto 2 - Escola Superior de Guerra, TCor António Baptista e Maj Bernardo Ponte e contou com a participação de 30 oficiais da Brigada de Forças Especiais, incluindo o seu Comandante, Brigadeiro João Paulo. Esta ação de formação inseriu-se dentro do Treino Operacional dos militares da Brigada. No final, os militares envolvidos na ação de formação foram reconhecidos pelo Comandante da Brigada pelo trabalho desenvolvido.

 


Projeto 6 – Estado-Maior do Exército


Formação em Liderança no Centro de Instrução de Soldados - Huambo

No período de 13 a 17 de agosto de 2012, no âmbito do Projeto 6 – Apoio ao Comando e Estado-Maior do Exército - realizou-se no Centro de Instrução de Soldados – Heróis da Cangamba um programa de formação em liderança para os oficiais que integram o corpo docente daquele Centro de Instrução.

O Centro de Instrução de Soldados tem a missão de formar praças destinadas às U/E/O (Unidades/Estabelecimentos/Órgãos) do Exército, encontrando-se na dependência hierárquica do Comando do Exército, embora técnica e funcionalmente dependa da Direção de Instrução e Ensino do Estado-Maior do Exército.

O Comandante do Centro de Instrução “Heróis da Cangamba”, o Cor Martinho Camôngua acompanhou e participou nos trabalhos teórico-práticos, procurando, com o seu exemplo, estimular e motivar os oficiais a participarem com afinco e a clarificarem as suas dúvidas com o objetivo de, a partir da base material de estudo, poderem apoiar o restante corpo docente e formarem adequadamente as praças.

A formação em liderança terminou com uma avaliação individual, conferindo aos oficiais participantes aproveitamento e/ou participação nos trabalhos, sendo de enaltecer a participação individual, bem como a dedicação do coletivo que revelar querer saber ser, estar e fazer.


Formação em Liderança na Escola de Especialistas Menores de Logística
 No período de 06 a 11 de agosto de 2012, realizou-se, na Escola de Especialistas Menores de Logística, sedeada na cidade do Lobito, Província de Benguela, um programa de formação em liderança para os oficiais que integram o corpo docente daquela Escola de Especialistas, com o Comandante da Escola, Cor Sabino Sepalanga, a acompanhar os trabalhos teórico-práticos, com o intuito de motivar os participantes a prosseguirem com a investigação.
A Escola de Especialistas Menores de Logística encontra-se na dependência hierárquica do Comando do Exército, funcionalmente na dependência da Direção de Instrução e Ensino e tecnicamente na dependência da Direção de Logística, inseridas na estrutura orgânica do Estado-Maior do Exército.
A formação em liderança terminou com uma avaliação individual conferindo aos formandos aproveitamento e/ou participação nos trabalhos, sendo de louvar a participação individual, enaltecer a dedicação e o empenhamento do coletivo de oficiais do corpo docente da Escola de Especialistas de Logística, ao longo do curso.
Revisão do Manual de Liderança
No período de 25 de julho a 10 de agosto de 2012, deu-se início à revisão do Manual de Liderança, da Academia Militar do Exército de Angola, no Lobito.
 

O Diretor Técnico do Projeto 6, inserido num grupo de trabalho composto por oficiais de diferentes Armas e Serviços, tem vindo a coordenar e a conduzir os trabalhos de forma parcelar com o sancionamento do Comandante da Academia Militar, TGen Sousa Queirós, que vem acompanhando os trabalhos e que tem orientado a natureza e o âmbito das alterações propostas pelo Grupo de trabalho. O Manual de Liderança na Academia Militar do Exército é um projeto elaborado pelo Departamento de Ciências e Tecnologias Militares.





VII Reunião Metodológica dos Órgãos de Educação Patriótica do Exército no Comando da Região Militar Norte
A Direção de Educação Patriótica do Comando do Exército promoveu a VII Reunião Metodológica dos Órgãos de Educação Patriótica do Exército, na Região Militar do Norte, sedeada na acolhedora e hospitaleira cidade de Uíge (ex-cidade de Carmona). O Diretor do Projeto Nº 6, o Cor Inf Desidério Manuel Vilas Leitão, foi convidado a participar nos trabalhos da Reunião Metodológica e, integrado no apoio ao Comando e Estado-Maior do Exército, dissertou sobre “A Liderança nas Forças Armadas de Angola”. Presente na cerimónia de abertura esteve Sua Excelência o Comandante do Exército Gen. Lúcio Gonçalves Amaral. A reunião contou com a presença de oficiais-generais e oficiais superiores do Exército de Angola, provenientes das Regiões Militares, onde exercem também as funções de educadores patrióticos. A VII Reunião Metodológica foi encerrada pelo Chefe do Estado-Maior General Adjunto para a Educação Patriótica das Forças Armadas, Gen Egídio Sousa Santos.